Não há nada como ver uma boa série para nos manter fiéis à TV durante uns meses (ou anos em alguns casos). Parecem realidades muito distantes os anos áureos de X-files, Allô-Allô ou dos Riscos.

Há agora uma nova vaga de séries a varrer o mundo e a criar fiéis por onde passam. Vou começar po referir apenas as que não assisto, mas cuja popularidade não me passou ao lado, depois passarei a encher de elogios aquelas que tento seguir o mais religiosamente possível.

O sucesso de CSI (seja Miami, Nova Iorque, Las Vegas ou Chelas) passa por mim com alguma indiferença. Não gosto particularmente e não me consegue prender ao ecrã. O único episódio que me chamou a atenção foi aquele realizado por Quentin Tarantino e mesmo assim, depois de o visionar, gostei mas não é nada de novo.
Também não partilho da febre de 24, mas provavelmente porque nunca assisti com muita atenção. Finalmente The O.C., o Beverly Hills 90210 da era moderna. Acho aquilo demasiado plástico, fútil e superficial.

Por outro lado há séries das quais não me farto. Já começaram há algum tempo, mas continuam a manter a qualidade.
Numa vertente mais de puro entretenimento temos Smallville, a teen version de Clark Kent, uma interessante viagem à juventude daquele que será o maior super herói do mundo, falo claro de Superman.
The Sopranos fala da máfia, mas, contrariamente a tudo o que já foi feito, não se centra nos negócios ou nos crimes centra-se nos problemas quotidianos de um membro da máfia. As suas preocupações e conflitos pessoais, familiares e "profissionais".
Six Feet Under é uma comédia negra sobre a morte. As mais variadas formas de lidarmos com ela e como ela afecta a própria vida. Uma família dona de uma agência funerária é a figura principal da série e o seu dia a dia faz com que cada um tenha uma visão muito própria da morte.

Há também as comédias ditas "normais" que continuam a fazer sucesso. Veja-se o caso de Scrubs. Uma espécie de E.R., mas cómico... Ou Everybody Hates Chris, uma sitcom sobre a vida de Chris Rock, enquanto criança.

Na vertente de acção e suspense começo por Alias, uma mistura de 007 e O Santo, mas no feminino. J.J. Abrams é a mente por trás desta série e culpado pelo sucesso da mesma. As histórias nunca cansam, são empolgantes, imprevisíveis e mesmo quando achamos que já não há mais nada para dizer, o autor volta a surpreender-nos (Veja o início desta 5ª temporada, fresca e viciante).

Mas J.J. Abrams não esgota o seu talento aqui. É chegada a altura de revelar o "peso-pesado" das séries de televisão actuais. LOST. Perdidos numa ilha depois de um acidente de avião, os passageiros do vôo 815 têm de lutar para sobreviver, mas a tarefa não vai ser fácil porque a ilha aonde estão é tudo menos deserta e algo não os quer lá. Suspense de cortar à faca, mistério, acção, drama, personagens bem desenvolvidas e complexas relações entre elas. Tudo é perfeito nesta obra-prima da TV. Cada episódio é um pequeno passo para resolver um enorme puzzle e à medida que vamos avançando cresce a vontade de a acompanhar sem perder pitada, sem sequer pestanejar.